24/10/2022
Gerentes do BB denunciam pressão e assédio ‘nunca antes vistos’

Funcionários que atuam como gerentes gerais (GG) no Banco do Brasil denunciam forte assédio e pressão para atingir metas como nunca enfrentado anteriormente. “As cobranças são realizadas de duas formas: reuniões de áudio várias vezes ao dia, principalmente no fim de expediente, cobrando o que já foi cobrado; além da exigência de entrega de uma planilha de produção ao término do expediente”, contou o funcionário do BB e diretor do Sindicato de Jundiaí, Álvaro Pires da Silva.
Os gerentes pontuam que o banco possui tecnologia para acompanhar todo o processo online. Portanto, a exigência de produzir uma planilha, além do sistema usual, é avaliada pelos funcionários como “um instrumento de tortura” e para produzir provas contra o gestor a respeito de sua capacidade. “Alguns gerentes não repassam para os subordinados as exigências, mas muitos acabam repassando a cobrança, inclusive para escriturários”, destacou Álvaro.
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alertou que “a gestão pelo assédio”, com base em metas cada vez mais abusivas e inatingíveis, impacta diretamente a saúde de todos os bancários, não só dos gerentes gerais. “Todos acabam sendo submetidos às mesmas pressões”, explicou. “A direção do BB precisa esclarecer a razão de estar acontecendo esse tipo de cobrança, várias vezes ao dia, e por que essa obrigação de uma planilha, além dos mecanismos de acompanhamento de funções que já existem na empresa”, completou.
Álvaro pontuou ainda que, até mesmo gerentes que vinham respondendo às exigências cada vez maiores das lideranças, estão agora se manifestando contra o novo e surpreendente modelo de cobrança. “Poucos funcionários conseguem, tranquilamente, fazer a planilha. Mas, os que não conseguem ficam constrangidos e sofrem psicologicamente”, pontuou.
Enfraquecimento do BB
Fernanda Lopes, secretária de Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e bancária do BB, enfatiza que está ocorrendo uma redução de agências e funcionários, junto à escalada de pressão por metas:
“Nos últimos quatro anos, temos sofrido com o encolhimento do banco. No período, foram fechadas mais de 1.500 agências e reduzido em mais de 10.500 o número de funcionários. As metas, por outro lado, continuam subindo. Por isso nós defendemos a volta do fortalecimento do BB como um banco público, alinhado com o desenvolvimento do país e presente nas regiões onde os bancos privados não querem atuar, que são as pequenas cidades e periferias”, concluiu.
Leia também:
>>> Dados revelam processo de desmonte do BB, que ref orça risco de privatização
>>> Funcionários do BB são coagidos pela direção a usar amarelo
ÁLVARO PIRES DA SILVA, ASSÉDIO, ASSÉDIO MORAL, ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO, BANCO DO BRASIL, BB, FERNANDA LOPES, JOÃO FUKUNAGA
Os gerentes pontuam que o banco possui tecnologia para acompanhar todo o processo online. Portanto, a exigência de produzir uma planilha, além do sistema usual, é avaliada pelos funcionários como “um instrumento de tortura” e para produzir provas contra o gestor a respeito de sua capacidade. “Alguns gerentes não repassam para os subordinados as exigências, mas muitos acabam repassando a cobrança, inclusive para escriturários”, destacou Álvaro.
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alertou que “a gestão pelo assédio”, com base em metas cada vez mais abusivas e inatingíveis, impacta diretamente a saúde de todos os bancários, não só dos gerentes gerais. “Todos acabam sendo submetidos às mesmas pressões”, explicou. “A direção do BB precisa esclarecer a razão de estar acontecendo esse tipo de cobrança, várias vezes ao dia, e por que essa obrigação de uma planilha, além dos mecanismos de acompanhamento de funções que já existem na empresa”, completou.
Álvaro pontuou ainda que, até mesmo gerentes que vinham respondendo às exigências cada vez maiores das lideranças, estão agora se manifestando contra o novo e surpreendente modelo de cobrança. “Poucos funcionários conseguem, tranquilamente, fazer a planilha. Mas, os que não conseguem ficam constrangidos e sofrem psicologicamente”, pontuou.
Enfraquecimento do BB
Fernanda Lopes, secretária de Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e bancária do BB, enfatiza que está ocorrendo uma redução de agências e funcionários, junto à escalada de pressão por metas:
“Nos últimos quatro anos, temos sofrido com o encolhimento do banco. No período, foram fechadas mais de 1.500 agências e reduzido em mais de 10.500 o número de funcionários. As metas, por outro lado, continuam subindo. Por isso nós defendemos a volta do fortalecimento do BB como um banco público, alinhado com o desenvolvimento do país e presente nas regiões onde os bancos privados não querem atuar, que são as pequenas cidades e periferias”, concluiu.
Leia também:
>>> Dados revelam processo de desmonte do BB, que ref orça risco de privatização
>>> Funcionários do BB são coagidos pela direção a usar amarelo
ÁLVARO PIRES DA SILVA, ASSÉDIO, ASSÉDIO MORAL, ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO, BANCO DO BRASIL, BB, FERNANDA LOPES, JOÃO FUKUNAGA
MAIS NOTÍCIAS
- Sindicato dos Bancários de Assis e Região participa da 27ª Conferência Estadual da FETEC/CUT/SP
- Encontro Nacional dos Funcionários do Bradesco acontece em 22 de agosto em São Paulo
- Empregados reafirmam que a solução para o Saúde Caixa passa, necessariamente, pelo reajuste zero e pelo fim do teto de 6,5%
- COE do Mercantil avança em negociação sobre PLR própria e auxílio educacional
- Previc indefere todos os pedidos de retirada de patrocínio
- Participação no Seminário de Comunicação da FETEC – 2025.
- Bancárias e bancários realizarão 27ª Conferência Nacional em agosto
- Epidemia silenciosa nos bancos: a saúde mental dos bancários pede socorro!
- Hoje já não se discute se a tecnologia vai impactar o trabalho, mas como vamos lidar com isso. Estudo da PwC indica que só no Reino Unido a IA pode criar 2,7 milhões de empregos líquidos até 2037.
- A próxima semana promete fortes emoções aos empregados da rede.
- ?? "Feito para substituir você"?
- Paralisação Banco Bradesco
- Em mesa de negociação, empregados reivindicam reajuste zero para o Saúde Caixa
- Vocês pediram e nós atendemos! Consulta Nacional dos Bancários segue até 11 de julho
- Boato de reestruturação segue preocupando empregados da Caixa